O teatro performativo em Cuiabá-MT tem se destacado pela atuação de artistas-pesquisadoras que, por meio da Pesquisa Artística, articulam práticas criativas com reflexões teóricas. Ancoradas em perspectivas decoloniais (Mignolo) e feministas interseccionais (Lugones, Miñoso), essas artistas desenvolvem produções que transcendem as fronteiras tradicionais das artes cênicas, promovendo diálogos críticos sobre gênero, cultura e poder. Suas criações, como Inhamor (2016) e Para Menores (2018), representam uma busca por epistemologias híbridas que ressignificam o fazer teatral e desafiam construções entre teoria e prática.
Essas práticas reverberam em intercâmbios artísticos e acadêmicos com a Europa, promovendo conexões entre as perspectivas do Sul Global e do Norte Global. A circulação de ideias e experiências contribui para o fortalecimento de narrativas que desestabilizam paradigmas coloniais e ampliam o alcance do teatro performativo enquanto espaço de resistência e transformação. As iniciativas dos artistas-pesquisadoras de Cuiabá evidenciaram a potência do teatro como ferramenta de reflexão e prática decolonial, com impacto local e global.
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EDITORA PHILLOS ACADEMY
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